Projetos de Business Intelligence

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Painel do Projeto Saberes Indígenas

A Organização Panamericana de Saúde (OPAS), durante a 29ª Conferência realizada em 2017, aprovou sua Política sobre Etnia e Saúde, considerando a necessidade de promover uma abordagem intercultural no âmbito dos sistemas de saúde como forma de enfrentar múltiplas desigualdades vivenciadas pelas comunidades indígenas, entre outros povos. De acordo com essa política, seus Estados Membros devem, entre outras recomendações, reforçar as capacidades institucionais e comunitárias em todos os níveis para a implementação da abordagem intercultural nos sistemas e serviços de saúde, a fim de contribuir, entre outras coisas, para garantir o acesso a serviços de saúde de qualidade (OPAS, 2017).

Com o intuito de garantir que as diretrizes da Política pactuada sejam transformadas em ações, a OPAS lançou a Estratégia e Plano de Ação em Etnia e Saúde 2019-2025 com medidas para garantir uma adequada abordagem intercultural no cuidado e nos serviços de saúde, sobretudo na atenção primária. Entre as linhas prioritárias da Estratégia estão a produção de evidências e o reconhecimento do conhecimento ancestral e medicina tradicional (OPAS, 2019).

Nosso projeto dialoga diretamente com alguns dos objetivos constantes na referida estratégia, como a promoção de pesquisa em saúde indígena e produção de mecanismos para disseminar informações sobre etnia e saúde, bem como seu uso no processo de tomada de decisão e na promoção da abordagem intercultural em saúde.

A partir do edital n. 03/2017 do Programa Pesquisa para o SUS, a Universidade Federal da Bahia, através do Instituto de Saúde Coletiva, firmou parceria com a Secretaria de Saúde do Estado para construir um diagnóstico sobre a articulação entre diferentes sistemas médicos dentro dos territórios indígenas do estado, com o intuito de produzir evidências sobre a aplicação do princípio da atenção diferenciada à saúde indígena previsto na Política nacional e contribuir para a construção de estratégias e práticas de cuidado mais adequadas aos diferentes contextos interculturais que caracterizam o Subsistema de Saúde Indígena.

Ao longo do projeto novos parceiros foram se somando, como a Superintendência Estadual do Ministério da Saúde e o Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UFBA e indigenistas de diversos cantos do país. Além disso, a Comissão Estadual de Saúde Indígena da Bahia também colaborou ao longo de todo o projeto, apontando rumos e convergências com outros temas importantes para a população indígena no estado.

O resultado da potência em reunir essa multiplicidade de olhares, conhecimentos e experiências está agora disponível para o público, através do nosso painel SABERES: encontros e diálogos em saúde indígena.

Dados inéditos sobre o cuidado em uma perspectiva intercultural foram produzidos a partir de entrevistas com lideranças, parteiras, pajés, conselheiros e trabalhadores da saúde indígena que se somaram a buscas na literatura sobre o tema das práticas de cuidado e a medicinas indígenas, resultando em um interessante repositório de informações sobre cada etnia na Bahia.

Um mapa de evidências foi também produzido com o intuito de identificar as lacunas de conhecimento científico sobre o tema, como forma de colaborar para estratégias específicas de fomento ao desenvolvimento de pesquisas.

Esperamos que o resultado desse projeto possa contribuir na produção de práticas de cuidado culturalmente apropriadas, socialmente relevantes e localmente referenciadas.

Ficha tecnica Saberes indígenas

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